quinta-feira, 31 de março de 2011

Na sexta-feira, dia 25, fomos a uma sessão de escrita criativa, à biblioteca da Lourinhã. Vejam o nosso conto!

O colar perdido


Num belo dia de sol, uma princesa foi passear à floresta. Encontrou uma casa de palha e decidiu bater à porta:

- Truz, truz!

- Quem é? - Perguntou a raposa Marta.

- Sou eu, a princesa Cheila.

A raposa Marta abriu a porta e disse:

- Faça o favor de entrar.

E a princesa contou-lhe que tinha perdido o seu colar. Disse que era muito valioso, porque tinha cinco diamantes e lhe tinha sido oferecido pelo seu namorado, o príncipe Bernardo.

A raposa disse-lhe que tinha umas botas e um casaco mágico e que a princesa podia usá-los para procurar o seu colar.

A princesa então perguntou:

- Como é que posso usá-los?

- Basta calçares as botas e vestires o casaco. As botas dão-te o poder da velocidade da luz e o casaco dá-te um sinal quando estiveres perto do colar.

Então a princesa disse:

- Quando eu encontrar o colar, venho-te devolver o casaco e as botas.

Mas a raposa como era matreira, só ajudou a princesa para ficar com o colar.

A princesa Cheila agradeceu a ajuda da raposa Marta e foi para a cidade procurar o colar.

Pelo caminho encontrou uma vaca que estava a pastar.

A princesa Cheila perguntou-lhe o seu nome, e a vaca respondeu-lhe:

- Múuuuu, sou a vaca Vitória!

- Eu sou a princesa Cheila e estou à procura do meu colar.

-Eu posso ajudar-te a encontrar o colar - disse a Vitória entusiasmada - como é que ele é?

- Eu agradeço, ele é muito brilhante e tem cinco diamantes.

Enquanto a princesa e a vaca falavam, a raposa estava atrás de uma árvore a ouvir a conversa.

- Onde é que o viste pela última vez?

-Eu estava no jardim do castelo, a apanhar flores para pôr no meu quarto, quando reparei que já não tinha o colar. Mas eu tenho a certeza que o tinha posto, antes de ir para o jardim!

- Então vamos até lá. - disse a vaca.

- Olha, calça estas botas, que são mágicas e eu subo para cima de ti, vais ver que estaremos no jardim em dez segundos.

A princesa ajudou a vaca a calçar as botas, nas patas dianteiras, e colocou-se em cima dela.

A raposa ao ver tal situação agarrou-se à cauda da vaca, sem ela dar por isso, e enquanto o diabo esfregou o olho já estavam no jardim.

Assim que chegaram, a vaca parou de repente e como sentia uma coisa na sua cauda, abanou-a e a raposa foi bater com a cabeça na muralha do castelo e ficou inconsciente. Só via colares à volta da sua cabeça.

A princesa ajudou a vaca a tirar as botas e vestiu o casaco mágico, para ver se conseguia encontrar o colar. Entretanto a vaca começou a cortar e a comer a relva e disse:

- Esta relva está bastante dura, não consigo mastigá-la!

Quando a princesa foi ter com a vaca, o casaco começou a estremecer. A vaca tentava mastigar o colar, até que a princesa notou que uma coisa brilhante estava na boca da vaca e disse:

- Se não te importares abre a boca, se faz favor.

A vaca aceitou e abriu a boca. A princesa foi buscar uma folha larga e, com cuidado, tirou o colar da boca da vaca. Lavou-o num pequeno lago, que havia no jardim e pô-lo a secar em cima de uma pedra.

Quando a raposa recuperou os sentidos, lembrou-se do colar e ao ver uma coisa brilhante em cima da pedra tentou lá chegar. Mas tropeçou num tronco que por ali estava e caiu. A princesa e a vaca viram-na e foram ajudá-la. Assim que lá chegaram, a raposa passou no meio das duas e roubou o colar. Mas como a vaca estava perto das botas, calçou-as rapidamente e foi atrás da raposa e conseguiu tirar-lhe o colar.

A princesa apercebeu-se do plano da raposa e disse-lhe:

-Vais ser castigada!

A raposa tremia de medo. E a princesa disse-lhe:

- Vais ser a empregada de limpeza do castelo durante dois anos e terás de trabalhar onze horas por dia, nas outras horas terás de ajudar as pessoas que necessitarem.

Ainda hoje as raposas são matreiras, por isso tenham muito cuidado.

Com pós perlimpimpim a nossa história acaba assim.

Fim